quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Teoria das Frestas – Uma visão filosófica! A fresta é o espaço onde o ser tem a resiliência máxima, e onde ele pode transgredir!
Nos sistemas complexos industriais, como por exemplo, as indústrias químicas, e especialmente dentro dos cenários críticos e catastróficos, o ser tem o seu espaço reduzido, através dos sistemas tecnológicos de segurança, dos procedimentos, dos programas comportamentais, onde as regras prevalecem, fazendo com que ele, o ser, através de todos esses bloqueios não execute ações baseadas em conhecimentos tácitos ou baseadas em experiências vividas. A fresta pode ser definida como tudo aquilo que não foi previsto no projeto e que num determinado momento, emergem, especialmente nos sistemas complexos, com consequências não previsíveis, e exigem ações que não foram previstas fazendo com que o operador tome uma “decisão de sacrifício”, onde ele, em solitário, assume todos os riscos que não foram previstos pelo projetista. Nesse momento, o ser se transforma no “homem neuronal” que através das suas idiossincrasias, daquilo que ele realmente é, da sua essência, toma decisões baseadas unicamente nos seus valores, nas suas crenças, no que ele acredita, e preenche o espaço deixado para ele, pelo sistema social que ele habita. Nesse pequeno espaço proporcionado pelo sistema, ele pode “ser”, ele é onipotente, ele transcende, e nele, ele realiza aquilo que sua natureza lhe diz para fazer. O Sistema de Gerenciamento de Processo Baseado em Risco, com seus múltiplos elementos, ainda não consegue atingir essa área demarcada onde o ser é! E é nesse espaço - “dasein” - que o ser no mundo encontra o seu “eu”. Parece complicado, mas não é, é somente complexo, e os estudos sobre engenharia de resiliência tangenciam essas questões que são mais bem compreendidas com os estudos de vanguarda dos neurocientistas. Francisco Ruiz

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