domingo, 25 de julho de 2010


Por que um Gerenciamento de Segurança de Processo Baseado em Risco

Há décadas, a Segurança Ocupacional vem sendo gerenciada, regulamentada e difundida no mundo todo. Esse esforço gerou um grande avanço nas técnicas de fazer o trabalho dentro da indústria química diminuindo significativamente os acidentes ligados a relação do trabalhador com o ambiente de trabalho. Muitas instituições governamentais, especialmente em empresas de mão de obra intensiva como a construção civil, criaram regulamentações que praticamente mudaram o paradigma do trabalho organizado e hoje é possível ver prédios serem construídos em condições de segurança bastante aceitáveis.
Mesmo assim, toda a força ou pelo menos a maior parte dela vem do comportamento do funcionário que através de alguns fatores muito importantes tais como, percepção do risco, compromisso visível, conhecimento do trabalho e disciplina operacional, toma a decisão correta e escolhe o EPI correto. Decisão muitas vezes pessoal e que deve garantir a segurança do trabalho.
Em segurança de processo é muito diferente! É lógico que sempre o homem, ou melhor dizendo o ser humano, vai estar por trás dos grandes acidentes tanto ocupacionais como de processo, mas no segundo, a tecnologia vai ajudar mais.
Em segurança de processo, a cultura de segurança entre outros fatores, também é muito importante, mas as técnicas de engenharia, os sistemas automáticos de segurança, os alarmes, os sistemas de alivio de pressão, os sistemas digitais de controle tem um papel preponderante diante do comportamento seguro.
Resumindo: A Segurança Total de um empreendimento, não depende tão somente do comportamento seguro ligado à segurança ocupacional, mas sim a uma percepção do risco criada através de ferramentas que possam medi-lo, controlá-lo ou até evitá-lo.
A indústria do petróleo, a química e a petroquímica já há muitos anos tem feito investimentos maciços em sistemas de segurança motivados tanto pela sobrevivência do negócio como também para cumprir legislações criadas a partir de grandes acidentes. O que mudou então?
O discurso do mundo cada vez mais globalizado é recorrente, mas ele serve para explicar que as comunidades cada vez mais se comunicam através das redes sociais provocando um nivelamento do conhecimento e aumentando o nível de exigência principalmente do consumidor esclarecido. Hoje o poder público quer saber aquilo que só os grupos de tecnologia das grandes organizações sabiam, pois os sistemas tecnológicos que garantem a segurança de processo são muito difíceis de explicar e nem sempre são compreendidos pelos leigos, e muitas vezes mostrá-lo significa mostrar um pouco dos segredos industriais que sempre são guardados a sete chaves da concorrência.
O Gerenciamento de Segurança de Processo Baseado em Risco significa ter uma plataforma mínima construída através de ferramentas de análise, que atendam aos requisitos legais, que seja universalmente aceita pelas organizações governamentais, que possa ser medida, divulgada, comparada e que diferente de segurança ocupacional não dependa dos fatores humanos que garanta uma fábrica segura!

sábado, 15 de maio de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

BLEVE

BLEVE é um acrônimo para a expressão em língua inglesa boiling liquid expanding vapor explosion(explosão do vapor de expansão de um líquido sob pressão) , utilizado por bombeiros[1] para se referirem a um tipo de explosão que pode ocorrer quando um recipiente contendo um líquido pressurizado que se rompe durante um incêndio.

Um acidente grave desse tipo, com grande destruição e mortes acontece as vezes devido a uma permissão de trabalho inadequada provocada pela falta de conhecimento técnico e a uma baixa percepção do risco. Já presenciamos uma fagulha de corte com maçarico de um guarda corpo "voar" do alto de uma coluna de destilação acesa por mais de 30 metros, por exemplo.

sábado, 17 de abril de 2010

5 ANOS DO ACIDENTE DA BRITISH PETROLEUM

A cronologia de um acidente

O acidente na refinaria Texas City em 23 de março de 2005, criou um divisor de águas nos grandes acidentes em indústrias petroquímicas, químicas e de refinação de petróleo, devido a transparência da British Petroleum que possibilitou o entendimento de todas as causas, inclusive as subjacentes que provocaram a tragédia, e da intervenção do governo americano através do chefe de estado James Baker III que criou uma comissão para avaliar a situação de todas as refinarias em solo americano.
Os grandes acidentes com mortes que já vinham acontecendo na planta não foram suficientes para mudar o estado das coisas uma vez que, de acordo com os relatórios, o tecido social da organização estava se esgarçando já há muito tempo.
Como já foi cantado em prosa e verso, o acidente só serve para uma coisa. Para aprendermos!
No relatório completo produzido pela CSB, que disseca a organização de cima em baixo, toda a cronologia mostra claramente a causa raiz dos fatos que causaram o acidente. Um desavisado poderia concluir rapidamente, que o operador falhou o que seria confortável para muitos na organização, mas devido à transparência e coragem da BP o que se viu foi que a organização falhou.
O acidente também nos ensina que olhar e estudar as causas subjacentes pode significar mudar o foco do gerenciamento de risco. Ninguém duvida que os aspectos tecnológicos sejam importantes, mas é nas pessoas e na estrutura organizacional que residem os grandes problemas. A tecnologia pode ser comprada, mas as pessoas têm seu tempo, sua história, seu momento. As pessoas é que constituem o que chamamos no segundo parágrafo de tecido social, a pele da organização!
A percepção do risco passa primeiro pela percepção das causas subjacentes, que estão abaixo da linha d’água, não aparecem. Em alguns tipos de negócio, essas causas se não avaliadas, podem causar a falência da empresa, em outros pode causar destruição e mortes.
O acidente de Texas City é uma lição para todos, pois mostra o quanto temos que evoluir na formação das estruturas organizacionais em alguns tipos de negócios, e o quanto ainda temos que fazer para a efetiva inclusão das pessoas no gerenciamento de fato da segurança de todos os processos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fábrica Segura

Segurança Operacional é um tema corrente nas petroquímicas desde a sua implantação no Brasil. As empresas sempre trabalharam no sentido de aparelhar os seus processos de produção tornando as fábricas muito mais seguras. Este blog tem como missão difundir as melhores práticas usadas nas empresas de ponta e apoiar a formação dos profissionais das áreas envolvidas, especialmente os Operadores de Processos, que são em última instância mais responsáveis pela segurança operacional dos processos que operam.





Conferência Latino Americana de Segurança de Processo




terça-feira, 13 de abril de 2010


Drenos em linhas longas devem ser sempre monitorados com lista de verificação principalmente quando a linha for colocada em operação. O melhor é poder retirá-los!

domingo, 11 de abril de 2010

O que é LOPA?



O LOPA - Layer of Protection Analysis, é uma técnica simplificada de análise de riscos. O seu propósito primário, é verificar se existem camadas de proteção suficientes proporcionando uma defesa em profundidade, para fazer frente a um cenário de acidente. Um cenário pode demandar uma ou várias camadas de proteção, dependendo da complexidade do processo e da severidade potencial de uma conseqüência. Em um determinado cenário apenas uma camada deve funcionar perfeitamente para que uma conseqüência seja evitada. Porém como cada camada não e perfeitamente eficaz
novas camadas devem ser criadas de
forma que o risco de acidente se torne tolerável

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